Mês: Janeiro 2022
Cancro de Pulmão discutido entre IPO do Porto e especialistas do Brasil
A iniciativa realiza-se no próximo dia 27 de janeiro, às 17h30 (BR) e 20h30 (PT), em formato virtual, e destina-se a profissionais das áreas da oncologia, cirurgia torácica, anatomia patológica e radioterapia.
O registo é obrigatório e o link de acesso para os interessados é o seguinte: https://cloud.netglobe.com.br/NGCloud/pages/public/webcast/webcast.xhtml?p=oncoclinicas3
No painel de palestrantes estão dois especialistas diferenciados em cancro de pulmão de cada país. O IPO do Porto estará representado pelo Dr. Gonçalo Paupério, diretor do Serviço de Cirurgia Torácica, com o tema “Cirurgia minimamente invasiva: status atual e perspetivas” e pela Dra. Ana Rodrigues, oncologista médica, que abordará o “Tratamento adjuvante: da pesquisa à prática clínica”. No final haverá espaço para debate, com a participação da Dra. Sara Lopes, da equipa de torácica do IPO do Porto, e Clarissa Mathias da Oncoclínicas.
4º episódio do podcast informa doentes oncológicos sobre direitos e apoios
A conversa, moderada pela jornalista Lúcia Gonçalves, conta com as participações de Esperança Silva (na altura, Diretora do Serviço Social do IPO-Porto), Ana Mafalda Baptista (Técnica do Serviço Social da AAPC – Associação de Apoio às Pessoas com Cancro) e Andreia da Costa Andrade (Jurista da Liga Portuguesa Contra o Cancro).
Saber onde ir e o que se tem de fazer para obter benefícios sociais, qual a proteção dos doentes oncológicos no quadro do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, o que fazer quando esses direitos não são respeitados e quais os benefícios fiscais e o enquadramento laboral que existe neste momento na legislação nacional são alguns dos temas debatidos neste episódio.
Esperança Silva, na altura, Diretora do Serviço Social do IPO-Porto, revela que, numa primeira fase, os doentes estão mais focados no diagnóstico e, só depois de estarem mais conscientes da doença, começam a procurar respostas para as suas preocupações: “Nessas consultas individualizadas vai-se avaliar toda a situação. A avaliação social tem várias fases e tem que se saber tudo o que se passa com o doente. Eu tenho de ir de encontro da necessidade do doente”.
Também Mafalda Baptista, Técnica do Serviço Social da AAPC, associa a falta de conhecimento dos doentes oncológicos ao não acesso a direitos e benefícios. Não só há desorientação inicial com o choque da doença, como também falha de acesso à informação onde se deveria investir: “Acho que se deveria investir mais na informação e nos direitos que as pessoas têm porque muitas das pessoas não usufruem dos direitos por falta de conhecimento”.
Já Andreia da Costa Andrade, Jurista da Liga Portuguesa Contra o Cancro, sublinha que cada vez mais a sociedade civil procura dar resposta aos direitos dos doentes oncológicos, e lembra que a Liga Portuguesa Contra o Cancro, em articulação com o IPO-Porto, ajuda os doentes oncológicos com informações sobre serviços e questões sociais do quotidiano, uma vez que noutras instituições como a Segurança Social é difícil encontrar respostas num tão curto espaço de tempo. E dá um exemplo prático: “É necessário tirar cópias de todos os documentos e entregar nos serviços essenciais, para que seja correspondida a isenção do IRS ou parte do IRS”.
O próximo episódio do podcast “Cancro sem Temor” é dedicado ao tema “O Cancro em Idade Jovem” e aborda o impacto da doença oncológica e os desafios que traz à faixa etária dos jovens.
IPO do Porto avalia impacto da resposta imunológica da dose de reforço em doentes
Gerar conhecimento sobre qual é o impacto na aquisição de imunidade (agora que os doentes estão a ser vacinados com a terceira dose) e perceber por que motivo alguns doentes não conseguem adquirir defesas suficientes para combater a infeção são os grandes objetivos deste estudo. Tal informação será importante para definição de estratégias que permitam aumentar a segurança dos doentes oncológicos, bem como reduzir o risco de ter complicações por COVID-19.
Os investigadores pretendem descobrir quais são as características dos doentes que têm menor capacidade em “montar” esta resposta imunológica e que população de doentes está em maior risco. Para já, o que se sabe é que a resposta não é igual em todos os doentes. Doentes com tumores do sangue, assim como os doentes que se encontram em tratamentos ativos de quimioterapia/imunoterapia parecem ter tendência a desenvolver uma menor resposta à vacina, no entanto ainda existem poucos dados disponíveis sobre o impacto da dose de reforço.
O estudo arrancou a semana passada e já incluiu mais de 100 doentes. A amostra esperada são 400 doentes. Cada doente que participe no estudo será convidado a colher 3 a 4 análises de sangue no período de 1 ano. Numa primeira fase, o estudo vai incluir doentes do IPO do Porto, mas há a expectativa de alargar a doentes de outros hospitais, uma vez que este é um projeto a dois anos e terá mais desenvolvimentos.
3º episódio do podcast “Cancro sem Temor” já se encontra disponível
Encontra-se disponível no Youtube e nas plataformas Spotify e Apple Podcast, o 3º episódio do Podcast “Cancro Sem Temor” desenvolvido pelo IPO Porto em parceria com a Novartis.
Lúcia Gonçalves, moderadora do podcast, iniciou o episódio explicando que “a investigação científica, inovação, ensaios clínicos, nunca como agora permitiram que tantos doentes beneficiassem do conhecimento qualificado para combater a doença oncológica. As vantagens para o doente são evidentes.” Os convidados que participam nesta conversa são José Dinis, coordenador dos Ensaios Clínicos, José Mário Mariz, orientador da Clínica Onco-hematologia e Fátima Oliveira (doente com carcinoma da mama metastizado).
Apesar da esperança e do receio do doente pelo desconhecido, do outro lado há a confiança no médico. Através da relação de forças que estabelecem, cada um tem a inovação do seu lado.
“Agradeço todos os dias por este ensaio. Durante estes quatro anos correu sempre tudo bem. Ao fim de três meses o medicamento tinha efeito. Num ano, o cancro estava controlado.” afirmou Fátima Oliveira, doente com carcinoma da mama metastizado, desde 2017, explicando que apesar de se sentir assustada, não tinha nada a perder em participar no ensaio clínico.
Para José Mário Mariz, orientador da Clínica Onco-hematologia do IPO do Porto, a medicina de precisão foi uma das grandes inovações, por mudar por completo o prognóstico do doente. “Foi de facto um grande marco. E foi o início da medicina de precisão, a nível de oncologia. Hoje há fármacos que são dirigidos a uma determinada alteração que a doença apresenta.”
A missão do IP O do Porto é estar na vanguarda do conhecimento e dos tratamentos. Continua a existir uma necessidade de conhecimento e trabalho de equipa, para melhorar a resposta no controlo da doença. Atualmente, o ensaio clínico é usado como um tratamento standard.
“Há ensaios clínicos negativos. Mas procuramos sempre inovar e evoluir o próprio ensaio.” explica José Dinis, coordenador da Unidade de Investigação Clínica IPO do Porto.
No próximo episódio, “Há Benefícios Com o Cancro, Como Assim?”, serão dadas linhas orientadoras e informação básica em relação aos benefícios e direitos dos doentes oncológicos, no quadro do Sistema Nacional de Saúde (SNS) e na Segurança Social (SS).
Jovem investigador recebe prémio Life 2021 Young Investigator
A distinção visa premiar jovens investigadores doutorados de todo o mundo, com menos de 40 anos, por excelência da sua investigação na área das ciências da vida.
O jovem médico e investigador já publicou 68 artigos originais em publicações revistas por pares (39 como primeiro autor) e tem 53 comunicações científicas com resumo publicado em revistas internacionais (27 como primeiro autor). João Lobo é autor de 8 capítulos de livro, todos como primeiro autor. O jovem médico já foi anteriormente reconhecido e galardoado por projetos de investigação na área da Epigenética dos tumores de células germinativas do testículo.
João Lobo e Vincenzo Russo, igualmente distinguido por este galardão, receberão 1000 CHF (francos suíços).
A Life é uma revista internacional de “open access” que publica estudos científicos relacionados com temas fundamentais em ciências da vida.