Serviço de Anatomia Patológica
O Banco de Tumores do IPO-Porto está localizado no Serviço de Anatomia Patológica. Esta unidade funcional do Instituto permite a colheita, armazenamento e utilização de tecidos excedentários para investigação biomédica.
O Banco de Tumores, inaugurado em setembro de 2012, vem cumprir uma das principais missões do IPO-Porto: a investigação sobre o cancro. Assim, o IPO-Porto, mediante a prévia autorização escrita do doente, recolhe pequenas amostras de tecido tumoral para, assim, melhorar a compreensão e o tratamento do cancro.
Qual a finalidade do banco de tumores?
Os avanços da Medicina estão dependentes da investigação científica e, cumulativamente, a investigação científica necessita de tecidos humanos normais e patológicos para cumprir os seus objetivos.
O IPO-Porto pretende dotar o Banco de Tumores de amostras que não sejam necessárias para o diagnóstico e/ou tratamento dos doentes e que poderão vir a ser utilizadas para investigação biomédica, respeitando-se o princípio da confidencialidade e anonimato. Não haverá comercialização dos tecidos colhidos e não é objetivo do Banco de Tumores a criação de um Banco de Dados Genéticos.
Descrição do processo
A colheita de tecidos/líquidos dos doentes do IPO-Porto realiza-se com fins de diagnóstico e/ou tratamento. Frequentemente, não se estuda a totalidade do material obtido, do qual se obtém amostras representativas do processo lesional.
Após esta colheita, o material excedentário é normalmente destruído. Contudo, o mesmo pode ser de valor inestimável para a investigação biomédica e, assim, contribuir para o melhor conhecimento das doenças.
Parte desse material excedentário pode ser estudado por diversas técnicas, desde que esteja adequadamente conservado num Banco de Tumores. A informação referente a este material será tratada de forma confidencial e anónima. A autorização dada pelo doente para os fins expostos é voluntária e altruísta.
Os riscos
A utilização deste material não implica nenhum risco para o doente, não modifica o ato cirúrgico, nem influência a terapêutica subsequente, salvaguardando-se, em todos os casos, os procedimentos idóneos para o diagnóstico correto do processo lesional. A eventual recusa do doente em anuir a esta solicitação em nada colocará em causa a assistência e acompanhamento médicos que lhe são devidos como utente.
No futuro, os investigadores que realizem os estudos podem ter necessidade de ter informações sobre o seu estado de saúde, pelo que poderão ter de consultar o seu processo clínico. O IPO-Porto promoverá todos os esforços necessários para manter a sua privacidade. Como doente do IPO-Porto, a privacidade e a confidencialidade das informações sobre cada caso clínico são muito importantes para a Instituição.
A participação na investigação pode ser uma contribuição fundamental para os esforços do Instituto na procura da cura para o cancro e para melhorar a assistência médica aos doentes com cancro.