28 anos de Cuidados Paliativos
a
08 Outubro
Em 1994, no IPO do Porto, foram lançadas as bases para criar aquela que é hoje a maior unidade de cuidados paliativos do País, no arranque destes cuidados a nível nacional.
O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos assinala-se neste sábado, dia 8 de outubro, sendo que o IPO do Porto se associa à efeméride, celebrando 28 anos de cuidados paliativos nesta instituição. O evento decorre ao longo de toda a manhã, a partir das 10h00, no Auditório Principal do IPO do Porto. Do programa constam tributos a Cardoso da Silva (grande impulsionador do serviço), enfermeiros José Carlos Pimentel e Zenaida Sobral e a Ferraz Gonçalves (antigo diretor) antes de nova intervenção, dedicada ao tema “Cuidados Paliativos do IPO Porto: uma história com 28 anos”. Os cuidados paliativos na perspetiva dos doentes, da família e dos voluntários merecem o seu espaço no programa, com intervenções e entregas de lembranças. “O Papel do Serviço Social nos Cuidados Paliativos” será abordado pela assistente social Lídia David, antes da entrega de uma lembrança a Rui Pedroto, presidente da Fundação Manuel António da Mota.
“Esta unidade nasceu da visão abrangente e projetada no futuro e desenvolvida de raiz no IPO Porto, encetando assim um importante marco nesta área a nível nacional”, congratula-se Maria Paula Silva, diretora do Serviço de Cuidados Paliativos do IPO Porto. “O Serviço de Cuidados Paliativos do IPO do Porto é a maior e a mais antiga unidade do país, que sempre assumiu um importante papel, quer na atividade assistencial quer nas áreas da formação (ensino) e da investigação”, destaca ainda.
O IPO do Porto presta cuidados paliativos há 28 anos. Em 1994, a visão pioneira dos enfermeiros José Carlos Pimentel e Zenaida Sobral (enfermeira diretora do IPO Porto, na altura), e o bom acolhimento do então presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro-Norte, Cardoso da Silva, deram lugar à criação da primeira Unidade de Cuidados Continuados do País. Estava assim lançada a semente dos Cuidados Paliativos em Portugal.
Há 28 anos, Zenaida Sobral, lançou um repto: “Gostaria de deixar uma mensagem aos enfermeiros: tentarem conquistar um espaço maior e mais humano para o doente, agora que conquistaram o privilégio de estar com ele até ao fim”. E essa ambiciosa missão foi cumprida.
O IPO do Porto e a LPCC-N estiveram na génese do projeto, desenvolvido por uma equipa composta por enfermeiros, médicos, assistentes sociais e auxiliares de ação médica. “Com o assinalar desta efeméride, pretendemos não só homenagear os impulsionadores dos Cuidados Paliativos em Portugal, e todos os seus intervenientes, mas também chamar a atenção para a importância desta realidade, ainda muito distante das necessidades que se verificam a nível mundial”, assume Maria Paula Silva.
Nota: Os cuidados paliativos são um conjunto de práticas de assistência ao doente incurável, que pretende oferecer dignidade e diminuição do sofrimento, mais presente em doentes terminais ou em estadio avançado de determinada doença. A sua intervenção é maioritariamente no alívio dos sintomas físicos, no apoio psicológico, social, espiritual e emocional do doente; no apoio à família e no apoio durante o luto.