IPO ESTUDA IMPACTO EMOCIONAL NA SÍNDROME DE CANCRO HEREDITÁRIO
No projeto, que teve a duração de três anos, participaram psicólogos investigadores da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto, profissionais de psicologia e de medicina do IPO do Porto, assim como cidadãos com experiência direta de como viver com síndrome de cancro hereditário.
Globalmente, a investigação mostra que o diagnóstico de uma síndrome genética de cancro numa pessoa saudável tem um significado e um impacto que depende da história vivida pela sua família, das dinâmicas emocionais individuais e dos padrões de comunicação e de suporte mútuos. A pessoa e a família em contexto de aconselhamento genético precisam de cuidados de saúde que contemplem o bem-estar psicológico, garantam a continuidade e relação terapêutica forte dos profissionais, literacia genética acessível e com recursos de apoio adicionais dirigida ao próprio e aos familiares.
O grupo de trabalho conclui ainda que falta investigação que reúna investigadores, profissionais de saúde e pessoas que sabem o que é viver com uma síndrome, na criação e teste de soluções de cuidados centrados na família. No presente, urge melhorar os processos interinstitucionais, que são indispensáveis para a acessibilidade à consulta de oncogenética e para a continuidade dos cuidados integrados de prevenção do cancro hereditário ao longo do tempo.
“Foram produzidos vários artigos científicos e um relatório final que resume o conhecimento já existente neste domínio com os resultados do TOGETHER, onde se podem encontrar propostas práticas orientadoras que, uma vez implementadas, podem melhorar a qualidade de vida de pessoas e famílias identificadas com síndromes genéticas de cancro”, explica Eunice Silva, diretora do Serviço de Psicologia do IPO Porto.
Os resultados específicos do projeto podem ser consultados na plataforma Zenodo: www.zenodo.org através da pesquisa com a palavra “TOGETHER”.