Cancro de Próstata: estudo lança luzes sobre resistência à radioterapia
Os principais resultados desta investigação concentram-se no papel da proteína p53, frequentemente chamada “guardiã do genoma”, na sinalização de resposta ao dano no DNA, bem como na apoptose ou na regulação do ciclo celular.
O estudo, intitulado de “Epigenetic Regulation of TP53 is Involved in Prostate Cancer Radioresistance and DNA Damage Response Signaling”, revelou que modificações epigenéticas, em particular modificações em marcas de histonas, desempenham um papel fundamental na remodelação da expressão do gene TP53 em células radioresistentes do cancro da próstata, que foram estabelecidas internamente pela equipa de investigação.
“Esta descoberta é de extrema relevância porque abre novas perspetivas para estratégias terapêuticas complementares inovadoras com o objetivo de superar a radioresistência no cancro da próstata”, explica Carmen Jerónimo, líder do grupo de investigação, diretora do CI e docente no ICBAS.
O estudo foi recentemente publicado na prestigiosa revista científica Signal Transduction and Targeted Therapy (FI: 39.3) e envolveu a participação de membros do GEBC, de onde se realçam os autores Catarina Macedo-Silva, Vera Miranda-Gonçalves, Nuno Tiago Tavares, Daniela Barros-Silva, João Lobo e Margareta P. Correia, assim como membros do Grupo de Física Médica, Proteção Radiológica e Radiobiologia do CI-IPOP e do Serviço de Radioterapia do IPO Porto, representados por Joana Lencart (Diretora do Serviço de Física Médica) e por Ângelo Oliveira(Radioncologista), respetivamente. De realçar, ainda, a colaboração internacional estabelecida para este fim entre o GEBC e o Departamento de Medicina de Precisão da Universidade da Campania “Luigi Vanvitelli” em Nápoles, Itália, representado por Lucia Altucci. Destaca-se, também, a valiosa colaboração de diversos profissionais dos Serviços de Anatomia Patológica e da Física Médica do IPO Porto.