IPO do Porto avalia impacto da resposta imunológica da dose de reforço em doentes
Gerar conhecimento sobre qual é o impacto na aquisição de imunidade (agora que os doentes estão a ser vacinados com a terceira dose) e perceber por que motivo alguns doentes não conseguem adquirir defesas suficientes para combater a infeção são os grandes objetivos deste estudo. Tal informação será importante para definição de estratégias que permitam aumentar a segurança dos doentes oncológicos, bem como reduzir o risco de ter complicações por COVID-19.
Os investigadores pretendem descobrir quais são as características dos doentes que têm menor capacidade em “montar” esta resposta imunológica e que população de doentes está em maior risco. Para já, o que se sabe é que a resposta não é igual em todos os doentes. Doentes com tumores do sangue, assim como os doentes que se encontram em tratamentos ativos de quimioterapia/imunoterapia parecem ter tendência a desenvolver uma menor resposta à vacina, no entanto ainda existem poucos dados disponíveis sobre o impacto da dose de reforço.
O estudo arrancou a semana passada e já incluiu mais de 100 doentes. A amostra esperada são 400 doentes. Cada doente que participe no estudo será convidado a colher 3 a 4 análises de sangue no período de 1 ano. Numa primeira fase, o estudo vai incluir doentes do IPO do Porto, mas há a expectativa de alargar a doentes de outros hospitais, uma vez que este é um projeto a dois anos e terá mais desenvolvimentos.