13 Setembro 2024

IPO e autarquia juntos na sensibilização para a dádiva de medula óssea

A propósito do Dia Mundial do Dador de Medula Óssea, que se celebra a 21 de setembro, o IPO do Porto em parceria com a Câmara Municipal do Porto este ano antecipam a efeméride com o evento "Desmistificar a Dádiva de Células”, realizado pela primeira vez fora de portas do hospital. A iniciativa realiza-se amanhã, no Parque do Covelo (14h30), subordinada ao tema “Do IPO para a comunidade”. A organização do evento pretende desmistificar as principais motivações e desafios da dádiva de células e medula óssea num modelo de discussão mais informal que também estimule a proximidade com o público.

A iniciativa conta com a presença de especialistas em sessões informativas, histórias de quem já salvou e foi salvo por esta dádiva, e atividades interativas para todas as idades.

Esta é uma excelente oportunidade para consciencializar as entidades responsáveis e a comunidade, em especial os mais jovens, sobre a importância da inscrição como dador voluntário de medula óssea e do impacto que o transplante tem no tratamento dos doentes, ajudando a salvar vidas”, esclarece Susana Roncon, Diretora da Terapia Celular do IPO do Porto, reforçando que o apoio da autarquia é fundamental nas campanhas de sensibilização para a comunidade portuense.

Existem mais de quarenta e dois milhões de pessoas inscritas como potenciais dadores de medula óssea a nível mundial. Segundo dados recentes, o Registo Português de Dadores de Medula Óssea tem cerca de 380 mil dadores, o que representa aproximadamente 3,6% da população.

“Este número não é suficiente para satisfazer a necessidade dos doentes propostos para transplante. Por ano, e em todo o mundo, estima-se que há mais de 50 mil pessoas a necessitar de um transplante de medula óssea. São doentes com cancro do sangue, como a leucemia e o linfoma, ou com outras patologias graves, para quem um transplante pode ser a sua melhor ou única hipótese de sobrevivência. A situação torna-se ainda mais complicada para aqueles que não têm dador familiar compatível (cerca de 70%) e possuem marcadores genéticos únicos ou pouco comuns. Destes, 40% a 50% não encontram dador compatível, seja no seu país ou internacionalmente”, explica Susana Roncon.

O Serviço de Terapia Celular realiza colheita de células e medula óssea a dadores voluntários inscritos Registo Português. Estas células são enviadas para centros de transplante nacionais e internacionais para tratarem doentes, adultos e pediátricos, com patologia oncológica e não oncológica. O Serviço iniciou a atividade de exportação no ano 2000, tendo já enviado mais de 800 produtos para 36 países diferentes na Europa, América, Ásia e Oceânia.

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