IPO ESTUDA IMPACTO EMOCIONAL NA SÍNDROME DE CANCRO HEREDITÁRIO

No projeto, que teve a duração de três anos, participaram psicólogos investigadores da Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto, profissionais de psicologia e de medicina do IPO do Porto, assim como cidadãos com experiência direta de como viver com síndrome de cancro hereditário.

Globalmente, a investigação mostra que o diagnóstico de uma síndrome genética de cancro numa pessoa saudável tem um significado e um impacto que depende da história vivida pela sua família, das dinâmicas emocionais individuais e dos padrões de comunicação e de suporte mútuos. A pessoa e a família em contexto de aconselhamento genético precisam de cuidados de saúde que contemplem o bem-estar psicológico, garantam a continuidade e relação terapêutica forte dos profissionais, literacia genética acessível e com recursos de apoio adicionais dirigida ao próprio e aos familiares.

O grupo de trabalho conclui ainda que falta investigação que reúna investigadores, profissionais de saúde e pessoas que sabem o que é viver com uma síndrome, na criação e teste de soluções de cuidados centrados na família. No presente, urge melhorar os processos interinstitucionais, que são indispensáveis para a acessibilidade à consulta de oncogenética e para a continuidade dos cuidados integrados de prevenção do cancro hereditário ao longo do tempo.

“Foram produzidos vários artigos científicos e um relatório final que resume o conhecimento já existente neste domínio com os resultados do TOGETHER, onde se podem encontrar propostas práticas orientadoras que, uma vez implementadas, podem melhorar a qualidade de vida de pessoas e famílias identificadas com síndromes genéticas de cancro”, explica Eunice Silva, diretora do Serviço de Psicologia do IPO Porto.  

Os resultados específicos do projeto podem ser consultados na plataforma Zenodo: www.zenodo.org através da pesquisa com a palavra “TOGETHER”.

VÍDEO MOSTRA A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA DO DOENTE

No final de 2020, o IPO do Porto implementou o Gabinete da Qualidade de Vida com o objetivo de conhecer as alterações sentidas durante o processo de doença e tratamento dos doentes, não só ao nível físico, como também emocional e social.

É muito importante para o Instituto perceber o que cada doente sente, quais as suas preocupações e o que valoriza.

Centrada no doente, a instituição procura também adicionar valor ao processo e contribuir para a melhoria dos resultados em saúde.

YT: https://lnkd.in/dcKmXdNy

 

Exposição “Cancro Pediátrico: um retrato” no metro da Trindade

O trabalho fotográfico da autoria de João Pena Rebelo pretende aliar a imagem às palavras e retratar as vivências das famílias ao longo da jornada de uma doença com cerca de 400 novos casos por ano e uma taxa de cura que ronda os 80%.

Com esta mostra, pretende-se também expor temas como o impacto do diagnóstico, as relações familiares, o apoio social/escolar e psicológico, o impacto económico, as relações laborais e o luto.

A exposição faz parte de um conjunto de iniciativas previstas para comemorar o “Setembro Dourado”, mês internacional dedicado à sensibilização para o cancro pediátrico. O mote deste ano é “O meu cancro não é só meu. Também é da minha família”.